No dia 23 de abril, no decorrer da aula da Unidade Curricular de Oficina de Leitura e Escrita e da Unidade Curricular de Língua e Cultura Portuguesa, ocorreu a participação de um professor convidado, especialista em Língua Gestual com o intuito de celebrar o Dia Nacional da Educação de Surdos. Através desta colaboração, os alunos ficaram a conhecer a evolução do ensino da língua gestual, mais especificamente, a língua gestual portuguesa, como também algumas letras, números, palavras, e algumas dificuldades que as pessoas surdas ou pessoas com deficiência auditiva enfrentam.
De entre os importantes conselhos deixados durante a comunicação entre pessoas em que uma é surda ou com deficiência auditiva salientam-se:
- não colocar nada à frente da boca e não mascar ou comer, para assim a pessoa surda conseguir fazer a leitura labial;
- caso o/a interlocutor/a souber língua gestual, os gestos ser sempre realizados em frente ao corpo.
Em Portugal, estima-se que existam cerca de 120 000 pessoas com algum grau de perda auditiva e cerca de 30 000 surdos, na sua maioria surdos severos e profundos, e 115 000 não falam a língua gestual portuguesa. A educação e a pedagogia no ensino da língua gestual é o primeiro passo para uma sociedade mais inclusiva, capaz de dar voz a todas as pessoas.
A língua gestual portuguesa é uma das três línguas oficiais de Portugal. Julgamos que se o ensino da língua gestual deveria ser generalizado ou, pelo menos, ser uma disciplina integrada como opção de entre as línguas a serem escolhidas pelos alunos como 2.ª língua de aprendizagem a partir do 7.º ano de escolaridade. Esta medida tornaria, em nossa opinião, a escola e a sociedade mais inclusivas.
É ainda de grande importância relembrar a dificuldade na transmissão de informação em casos de emergência entre pessoas surdas, já que a grande maioria sa população portuguesa não fala a língua gestual portuguesa.
Escrito por Diana Silva (1.º Ano ACJ I 2023/2024)
Revisto por Corpo editorial / Célia Novais